VOCÊ SABIA QUE OS HOMENS TAMBÉM ENGRAVIDAM?

A gestação está cada vez menos restrita ao universo feminino e mais presente no mundo masculino. Isto vem acontecendo, muito provavelmente, desde que a mulher começou a dividir suas funções com o marido, entre elas a dos cuidados com o bebê.
A chegada do novo bebê exige uma preparação do pai tanto no aspecto emocional como social, quando precisará rever sua experiência como filho e todas as novas responsabilidades neste novo papel. Esta preparação pode até mesmo fazê-los desenvolver sintomas físicos e psicológicos (enjoos e desejos, por exemplo) semelhantes aos da mulher devido ao forte envolvimento com a gestação, com a futura mãe e com sua história passada. Este conjunto de sintomas chama-se Síndrome de Couvade.
Mesmo com a proximidade do pai maior do que se via em outros tempos, ainda podemos afirmar que há uma diferença fundamental na construção do vínculo materno e do paterno com o bebê. A primeira delas está no fato do pai não poder vivenciar o bebê no ventre como a mãe e nem poder amamentar. Além disto, o bebê pode despertar ciúmes no pai que ainda pode se tornar mais forte após o nascimento do bebê, caso a mãe não o inclua na relação, pois o vínculo paterno também é mediado pela mãe.
O apego do pai ao bebê começa nos cuidados com a gestante, com os preparativos para a chegada do bebê e com a preparação para paternidade. Quando o pai fica longe deste processo não é raro ver a mãe envolver-se com seu filho de tal modo a ponto de não deixar espaço para o pai participar, seja nos cuidados, seja na transmissão dos valores ou na educação. No caso do pouco envolvimento do pai, o saber sobre o filho fica sendo todo da mãe, e só ela pode entender o que seu bebê precisa. E se a mãe sempre demonstra que do jeito que o pai cuida não está bom, ele vai deixando mesmo tudo por conta dela e fica a parte da relação.
Cuidar do bebê é uma preciosa oportunidade para que o sentimento de paternidade se desenvolva. Este sentimento que é construído em tempo diferente da mulher, mas que já pode começar antes mesmo do filho nascer. Na verdade não são os cuidados que fazem a diferença, mas a relação e afetividade que se colocam presentes nestes momentos. Um banho pode ser mais que um banho, levar o filho à escolinha pode ser mais que um trabalho de paitorista. Situações como estas podem fazer diferença no envolvimento entre pai e filho.
Também faz diferença a relação entre o marido e a mulher. Quanto mais próxima for a relação amorosa entre os dois, menor a chance dela buscar um vínculo exclusivo com o bebê, deixando o marido em segundo plano. É fácil perceber quando isso acontece. A mulher passa a descuidar de sua aparência, a não ter mais interesse na relação sexual, a não ter tempo para o marido. Os maridos devem buscar essa aproximação com a mulher para que ela possa desviar um pouco esse olhar exclusivamente dirigido para o seu bebê.
Por isso, mamães, deixem os pais cuidarem do bebê do jeitinho deles, se for preciso depois vocês dão o toque maternal naquele lacinho que ele não soube colocar. Isso fortalece o vínculo entre pai e filhos que é tão necessário para o desenvolvimento do bebê e saúde da família.