CHUPETA: ALIADA NOS PRIMEIROS MESES – E DEPOIS ?
Definição de chupeta: objeto que usamos para acalmar um bebê quando não sabemos mais o que fazer.
Claro que esta não é a definição do dicionário… É uma dedução do que acontece na prática em muitos casos. Chamo a chupeta de aliada porque ela auxilia na hora de acalmar um bebê, mas com o passar do tempo fazemos de tudo para que a criança não a queira mais.
Nem todos os bebês tem necessidade de sugar a chupeta, mas ela pode ser um objeto bem-vindo em algumas poucas situações, por exemplo, para atender a necessidade de sucção dos primeiros meses de vida de um bebê que não mama no seio materno.
Dizer às mães para não darem chupeta a seus filhos é muito difícil porque lidar com o choro do filho não é tarefa simples, dá trabalho e angustia. E já que na maioria dos casos a chupeta será mesmo usada, então é melhor que as mães sejam orientadas. Veja algumas dicas e orientações importantes.
É válido dar a chupeta para o bebê? Sim. É válido, mas penso que não deveria ser a única nem a primeira alternativa a ser escolhida para acalmar o filho.
Primeiro vamos ver porque a chupeta acalma.
A boca é a primeira região na qual o bebê obtém prazer. Deste modo, a sucção é o primeiro ato prazeroso do bebê e muito importante para a estruturação do aparelho psíquico. É assim que se inicia a relação com o Outro, a psicossexualidade infantil. A sexualidade está presente desde a infância. Vale lembrar que no adulto o prazer oral está presente também, embora menos preponderante, no ato de beijar, no prazer em falar, comer, beber e fumar.
Então, sugar é um calmante prazeroso para o bebê, mas não é por isto que ele deve estar com uma chupeta na boca dia e noite como vemos em casos de crianças que a usam durante um passeio de carrinho, para ver TV ou brincar. Nestas situações qual seria a função da chupeta?
A chupeta é um recurso muito prático para acalmar o bebê, mas nem sempre o motivo que o leva a chorar é a necessidade de sugar. Muitas vezes a palavra, o colo, o carinho, o aconchego são suficientes.
Em algumas ocasiões, pais, babás e avós não valorizam a palavra e o aconchego como meio principal para se relacionar com o bebê, principalmente nos momentos de choradeira.
É preciso acreditar que o bebê ou a criança um pouco mais velha compreende e se satisfaz com o que dizemos a ela. Nem sempre o “cala-boca”, popularmente conhecido como chupeta, é a solução que ela deseja. Como disse acima, a chupeta acalma o bebê, mas não resolve uma dor ou frustração, por exemplo, quando é este o motivo do choro de uma criança contrariada. A chupeta dada como resposta pelos adultos a este tipo de situação (frustração, birra) nunca é eficiente. O colo, o carinho, a palavra certa e verdadeira (a criança sente quando é verdadeira) são muito mais eficazes e ajuda a criança a crescer, a abrir mão da chupeta em troca de algo que atenda mais suas necessidades.